segunda-feira, 18 de abril..
Ainda é madrugada, mas as horas passam como se não houvesse o amanhã para recordar e lembranças para lembrar, não há e nem creio que irá haver sentido para tudo que as vezes há de acontecer, não tem maneira pior do que não querer e isso tudo que vir lúcido, vivo e enfraquecedor, como se tivesse de ter a obrigação de machucar, de corroer, como ácido em carne viva, tirando toda forma existente de vida de determinado lugar de nossa pele, assim como alguns sentimentos assim como alguns pensamentos, mas nem sentido precisa ter, se para que com tudo que se guarda na mente, nada fica tão aproveitado quanto o aprendizado de uma receita da vovó. Lembro de pouco, pouco do que pude chamar de família, família feliz em meio aos tempos modernos, como naqueles filmes de sessão da tarde, como na ficção, pura besteira.